Sustentáveis

Ao longo dos anos, temos realizado projetos com temáticas que são essenciais e transversais à nossa atuação. Uma delas é o desenvolvimento de ações integradas para gestão de áreas protegidas na Amazônia, promovendo o engajamento e atividades em rede no bioma. Por exemplo, moradores das Unidades de Conservação e de seu entorno são convidados a contribuírem com conhecimento e a participarem ativamente de ações como gestão e monitoramento das UCs. Dentro dessa premissa de atuação do IPÊ, baseada no conhecimento científico, também fazemos projetos de Pesquisa & Desenvolvimento em parceria com empresas de setores diversos.

Veja os nossos avanços em 2018

SOLUÇÕES INTEGRADAS EM ÁREAS PROTEGIDAS DA AMAZÔNIA

As Unidades de Conservação (UCs) são instrumentos de proteção da biodiversidade brasileira. Os serviços ambientais promovidos por elas são essenciais para a sociedade. Atualmente, existem 324 UCs federais no país. As soluções integradas que desenvolvemos junto às UCs amazônicas têm como objetivo colaborar na sua implementação e efetividade. Nossos destaques são o programa Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB) e o programa de Motivação e Sucesso para Gestão de UCs (MOSUC).

Foto: Acervo Projeto MPB

MONITORAMENTO PARTICIPATIVO
DA BIODIVERSIDADE

Bioma:
Amazônia
Área de atuação:
17 Unidades de Conservação Federais
(11.970.762,04 de hectares)
1.864
pessoas beneficiadas

Foto: Bruno Bimbato

As comunidades têm papel fundamental no Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB). O projeto, realizado em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Gordon e Betty Moore e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), propõe a geração de informação e a troca de conhecimento entre pesquisadores, gestores e populações moradoras de UCs federais da Amazônia e do seu entorno sobre alternativas para a proteção efetiva da biodiversidade com a participação de todos os setores.

O trabalho alcança várias frentes para sensibilização social, articulação e mobilização de atores locais. Em 2018, foram realizados, junto às comunidades, 84 eventos, entre cursos de monitores, oficinas para definir os alvos de monitoramento e ações de mobilização inicial.

Como resultado dessas ações, são gerados dados sobre biodiversidade que apoiam a elaboração de propostas de manejo dos recursos naturais e auxiliam processos de tomada de decisão.

O projeto faz parte de uma iniciativa maior, o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (Programa Monitora), do ICMBio, que completou cinco anos em 2018.

Ainda em 2018, com a implementação do monitoramento regional da castanha-do-brasil, quatro novas UCs (inclusive estaduais) foram incorporadas ao projeto: Resex do Rio Cautário - Federal, Resex do Rio Cautário - Estadual, Resex do Lago Cuniã e Resex Rio Ouro Preto, todas em Rondônia.

Ao todo, 17 UCs contam hoje com esse monitoramento participativo, realizado por cerca de 100 monitores anualmente. Para a sua realização, desenvolvemos junto com o ICMBio roteiros metodológicos com as comunidades e pesquisadores, desenhando os modelos que serão aplicados nas avaliações de fauna e flora.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO COM
MONITORAMENTO APOIADO PELO IPÊ

FLORESTA NACIONAL DO JAMARI
Mamíferos, aves, borboletas e plantas em áreas de floresta manejada
RESERVA EXTRATIVISTA TAPAJÓS-ARAPIUNS
Mamíferos, aves, borboletas e plantas, e caça de subsistência
PARQUE NACIONAL DO JAÚ
Mamíferos, aves, borboletas, quelônios aquáticos e plantas
PARQUE NACIONAL DO CABO ORANGE
Mamíferos, aves, borboletas e plantas
PARQUE NACIONAL MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE
Mamíferos, aves, borboletas e plantas
RESERVA EXTRATIVISTA DO CAZUMBÁ-IRACEMA
Mamíferos, aves, borboletas, plantas e castanha-do-brasil
RESERVA EXTRATIVISTA RIO UNINI
Quelônios aquáticos e pirarucu
RESERVA BIOLÓGICA DE UATUMÃ
Tucunaré e igarapés
RESERVA BIOLÓGICA DO RIO TROMBETAS
Quelônios aquáticos
RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
DE ITATUPÃ-BAQUIÁ

Automonitoramento da pesca
RESERVA EXTRATIVISTA DO BAIXO JURUÁ
Automonitoramento da pesca e pirarucu
RESERVA BIOLÓGICA DO ABUFARI
Automonitoramento da pesca e pesca experimental
RESERVA EXTRATIVISTA DO MÉDIO JURUÁ
Automonitoramento da pesca, pirarucu e quelônios aquáticos
RESEX DO RIO CAUTÁRIO (federal e estadual)
Castanha-do-brasil
RESEX DO LAGO CUNIÃ
Castanha-do-brasil
RESEX RIO OURO PRETO
Castanha-do-brasil

Comunidades, IPÊ e ICMBio constroem e compartilham
conhecimento em benefício da biodiversidade

O projeto MPB já levantou inúmeras informações nas áreas monitoradas de 2014 até 2018. Os dados são utilizados em pesquisas científicas de espécies, no aprimoramento sobre conhecimento da biodiversidade e manejo sustentável dos ativos da floresta.

Esses levantamentos, por sua vez, contribuem no planejamento e melhoria na gestão dessas áreas protegidas e no combate às mudanças climáticas, à extinção de espécies, ao desmatamento e à pobreza.

Ao ampliar os processos de abordagem participativa, o projeto promove a configuração de acordos de gerenciamento para uso sustentável dos recursos naturais que são relevantes para os moradores locais. Hoje, eles podem contar com um mapeamento mais amplo e real das condições da biodiversidade e dos recursos naturais dos quais dependem. Além disso, eles podem fazer dessa atividade uma fonte complementar de renda, tornando-se monitores. Em 2018, foram realizados 16 cursos de formação.

"Os levantamentos são muito importantes, mas o trabalho vai muito além do conhecimento reunido, pois também traz a participação das populações locais na gestão das áreas protegidas. Portanto, o projeto é fundamental para atingir as metas brasileiras para a Convenção sobre Diversidade Biológica e as Metas de Biodiversidade de Aichi", comenta Cristina Tófoli, coordenadora do MPB.

Foto: Juliana Nogueira/USAID

O projeto, ao todo, já levantou registros de:
3.579 aves e mamíferos
20.551 borboletas
775 tartarugas aquáticas
1.756 plantas lenhosas
777 árvores
23.095 frutos de castanha-do-brasil
1.720 mamíferos em áreas de manejo florestal
1.351 registros de caça para subsistência da população local

Diálogo gera conhecimento construído coletivamente

O ano também foi marcado pelo início do trabalho de Construção Coletiva de Aprendizados e Conhecimentos (CCAC), criado em parceria com o ICMBio para trocas de ideias e conhecimentos entre os envolvidos no monitoramento.

A troca é sempre muito rica e fundamental para a continuidade daquilo que vem sendo construído desde 2014. Em 2019, esse processo continua e deve alcançar todas as UCs envolvidas.

“A internalização da importância das práticas de monitoramento pela comunidade, a parceria das pessoas com os gestores, o papel do IPÊ como motivador dessa rede, tudo faz parte de um movimento que precisa continuar para termos resultados duradouros.”
Cristina Tófoli, coordenadora do MPB

Projeto com quelônios: exemplo de articulação entre
comunidades e gestores de UCs

Um dos exemplos de como se dá a articulação da comunidade, gestores de UCs e IPÊ no projeto MPB é a realização do monitoramento dos quelônios aquáticos. Na Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas (PA), a temporada 2018 terminou com uma grande celebração entre todos esses atores e parceiros do Projeto Quelônios do Rio Trombetas (PQT), com a soltura de 5.050 tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) no lago Jacaré. Ao todo, no ano, foram soltas no rio 27.862 tartarugas-da-amazônia, resultado dos esforços de 27 famílias moradoras da Rebio, que atuam como monitoras da biodiversidade nesta UC.

O ICMBio trabalha para a proteção dos quelônios na região há quase 40 anos. A Rebio, de 407.759,21 hectares (mais de 4 mil quilômetros quadrados), foi criada em 1979, com a prioridade de proteger a tartaruga-da-amazônia. Entretanto, no decorrer dos anos, percebeu-se que a população de filhotes diminuiu de 600 mil para 30 mil, em função do comércio e caça ilegais, principalmente.

Em 2003, o projeto teve o nome renovado para PQT e passou a envolver educação e participação da comunidade local. Em 2017, o IPÊ passou a ser um dos parceiros da iniciativa. Atuamos como incentivador e promotor de capacitação, buscando melhorar e facilitar o monitoramento das tartarugas por famílias moradoras do local e seu entorno.

Os levantamentos sobre a biodiversidade são feitos pelos comunitários, seguindo um roteiro metodológico estabelecido por eles, ICMBio, pesquisadores e sociedade civil.

Foto: Arquivo IPÊ - Virgínia Bernardes
Foto: Arquivo IPÊ - Virgínia Bernardes

Realizamos o primeiro curso com as famílias da Rebio
do Rio Trombetas

Foto: Arquivo IPÊ - MPB

Em 2018, realizamos, junto com a Rebio do Rio Trombetas, o primeiro curso de capacitação com as famílias que monitoram as tartarugas, para melhorar o sucesso da eclosão de ovos dos ninhos e os registros dessas observações.

A bióloga do IPÊ, Virginia Bernardes, desenvolve o trabalho de capacitação. “É o fio condutor do nosso trabalho e a oportunidade que temos de ouvir a comunidade. Ao mesmo tempo, aprendemos muito com os moradores, que há tempos conhecem o comportamento da espécie. Essa troca enriquece e fortalece o relacionamento entre todos os envolvidos em prol da conservação das tartarugas."

Comunidades mudam-se de casa para monitorar

Todos os anos, entre agosto e dezembro, 27 famílias deslocam-se voluntariamente para casas temporárias para acompanhar de perto a desova dos quelônios nos chamados tabuleiros. Os monitores verificam a segurança dos ninhos ou se precisam ser manejados para chocadeiras. Eles garantem a vigília até que os filhotes ganhem vida e sejam transferidos para um abrigo até o dia da soltura no rio.

Foto: Arquivo IPÊ

"Antes morriam muitos filhotes. A gente foi melhorando conforme ganhou experiência. Vemos as tartarugas no rio, coisa que antes não acontecia. Mas a gente luta para manter a produção, porque, se deixar, some tudo.”
Raimundo Barbosa, que coordenou durante seis anos o monitoramento junto da sua comunidade, do lago Erepecu.

Crianças vão à escola e também aprendem sobre as tartarugas

Foto: Arquivo IPÊ

Cada família recebe do ICMBio todos os materiais necessários para conduzir esse monitoramento, de gasolina a coletes que indicam que são voluntários. Até mesmo os barcos escolares são direcionados para as casas provisórias na época da desova.

"A gente leva as crianças para perto do trabalho da gente. Elas vão de manhã para a escola, mas à tarde conseguem acompanhar o que a gente faz. É importante que tenham essa noção e conheçam como é a tartaruga, como coletar e transportar os ninhos. São elas que vão continuar esse nosso trabalho depois de alguns anos", diz a monitora Clelia de Jesus.

Ainda que o trabalho seja voluntário, as famílias recebem um auxílio de cestas básicas, doadas por meio da parceria do ICMBio com a mineradora local.

O projeto promove um aprendizado vindo de
muitas mãos e só é possível devido às parcerias
– confira no vídeo com Deborah Castro de Lima,
gestora da Rebio.

Série de vídeos traz nosso trabalho no MPB

Em cada UC, uma comunidade especial, que se envolve no levantamento de informações e na construção de soluções para uma melhor gestão das áreas de conservação e recursos naturais. Nos vídeos do MPB, você pode conhecer os esforços e benefícios que o projeto leva para a Floresta Nacional do Jamari, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, a Resex Cazumbá-Iracema, o Parque Nacional do Jaú e Resex Rio Unini e Reserva Biológica do Uatumã.

SÉRIE DE VÍDEOS TRAZ NOSSO TRABALHO NO MPB

MPB foi um dos destaques no Congresso de Unidades
de Conservação

Foto: Arquivo IPÊ

Durante a nona edição do Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), o projeto MPB foi destaque no Espaço Amazônia. Durante o evento, monitores que atuam na Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema, na Reserva Extrativista do Rio Unini e na Floresta Nacional do Jamari compartilharam, em entrevistas em vídeo, suas experiências na decisão de o que deveria ser monitorado e como foi essa atuação.

Confira os destaques:

Reunião Técnica – Monitoramento Participativo da Biodiversidade em UCs da Amazônia Cristina Tófoli, coordenadora do MPB, e Francisco Souza Carvalho, monitor da Reserva Extrativista Cazumbá-Iracema (AC), contaram sobre a experiência, que começou em 2003. A decisão sobre o que monitorar sempre parte da comunidade e esse é um dos aspectos que gera engajamento das pessoas.

Entrevista sobre o monitoramento na Resex Cazumbá-Iracema O monitor Francisco Souza Carvalho, de Sena Madureira (AC), fala sobre o monitoramento das populações de animais alvos de caça e outras atividades na UC.

Rosival Santos fala sobre o monitoramento de quelônios na Amazônia Rosival fala da alegria de contribuir para o crescimento do projeto e a proteção das tartarugas na Resex do Rio Unini, em Novo Airão (AM).

Monitor da Flona do Jamari, Zeziel fala sobre a necessidade de conservar Zeziel de Moura Silva, monitor do IPÊ, atua na Floresta Nacional do Jamari em Itapuã do Oeste (RO). Ele deixa a mensagem otimista de que o monitoramento contribui para a conscientização sobre a necessidade da conservação. “Minha maior alegria é transmitir isso ao meu filho.”

MOSUC - MOTIVAÇÃO E SUCESSO PARA GESTÃO DE UCS

Bioma:
Amazônia
Área de atuação:
30 Unidades de Conservação federais
(28.701.983 hectares)
125
pessoas beneficiadas

Parceria entre o IPÊ e o ICMBio que acontece desde 2012, o projeto Motivação e Sucesso na Gestão de Unidades de Conservação (MOSUC) apoia a gestão de UCs federais no Brasil por meio do empreendedorismo dos gestores com relação a boas práticas de gestão e o envolvimento da sociedade em suas atividades. O IPÊ articula e dá suporte técnico a diferentes atividades com gestores, comunidades, voluntários e parceiros. O MOSUC conta com apoio financeiro de Gordon and Betty Moore Foundation.

Fortalecemos as parcerias em rede na Amazônia com
experiência inovadora

Em 2018, o MOSUC apoiou o fortalecimento da gestão de UCs no bioma a partir de uma experiência-piloto: organizações socioambientais assinaram termos de parceria para auxiliarem na implementação de planos de ação para alcançar objetivos estratégicos das UCs. A iniciativa pioneira buscou suprir a necessidade de pessoal para a realização das atividades em áreas protegidas de grande extensão.

Por intermédio de 12 instituições locais, foram contratados 54 colaboradores para atuarem em UCs e núcleos de gestão integrada (NGIs) em 14 territórios localizados em Roraima, Rondônia, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Acre. Os contratados são maiores de 18 anos, residentes das áreas contempladas ou de seu entorno.

Confira aqui como essa iniciativa inovadora foi o diferencial para gestores de UCs.

Oficinas ajudaram o desenvolvimento da gestão
de instituições

#IPEPARCERIAS #IPEAMAZONIA

O MOSUC promoveu uma série de oficinas para as 12 instituições contempladas no projeto-piloto de parceria com as UCs, para fortalecer as organizações e apoiar suas gestões.

Yuri Breno da Silva e Silva, do Instituto Mapinguari | Foto: Arquivo pessoal

"Cada oficina era uma bomba de estímulo. Foi o primeiro contato que tivemos com gestão de recursos, pessoas, planejamento estratégico. Conseguimos ter uma visão administrativa para chegarmos até o final do projeto com mais segurança", comenta o vice-presidente do Instituto Mapinguari, Yuri Breno da Silva e Silva. A organização do Amapá atua junto a Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) locais.

A Fundação Almerinda Malaquias (FAM), que também participou das oficinas do IPÊ, atua com educação ambiental para 150 crianças e jovens no contraturno escolar, com geração de renda para cerca de 70 pessoas. Está presente em uma área que envolve três UCs: os parques nacionais de Anavilhanas e Jaú e a Reserva Extrativista do Rio Unini. A Fundação tem uma boa parceria com os gestores dessas áreas, mas, com as oficinas do MOSUC, a visão sobre as possibilidades de ação conjunta aumentou.

Confira aqui como as capacitações do MOSUC fizeram a diferença para esta instituição.

Resultados positivos indicam fortalecimento de parcerias

Avaliações realizadas junto às instituições mostram um aprimoramento em alguns aspectos institucionais apontados como fragilidades. Também houve uma maior aproximação dessas instituições junto às áreas protegidas, fortalecendo parcerias nesses territórios.
"Os gestores das unidades envolvidas relatam um avanço muito grande na gestão, com a possibilidade de desenvolvimento de uma série de ações estratégicas para essas áreas que antes não conseguiam realizar pela falta de pessoal. As contratações de colaboradores locais têm fortalecido o vínculo dessas áreas protegidas com a comunidade local e valorizado os conhecimentos dessas comunidades", comenta Angela Pellin, coordenadora do MOSUC.

Projeto foi avaliado com o Circuito MOSUC

Para avaliar o impacto das capacitações, promovemos o Circuito MOSUC. Nossos pesquisadores e representantes do ICMBio foram a campo para verificar indicadores de fortalecimento da gestão das UCs e estimular a integração e o estabelecimento de parcerias no território. Os pesquisadores aproveitam para conhecer e ouvir histórias e sugestões dos colaboradores locais. Oito organizações parceiras foram visitadas em Roraima, Amazonas e Amapá.

Novo sistema cadastra voluntários para as Unidades
de Conservação

#VOLUNTARIADO #IPEPARCERIAS

Em parceria com o ICMBio, elaboramos um novo Sistema do Programa de Voluntariado do ICMBio, voltado para aqueles que desejam fazer parte de atividades nas UCs. A ferramenta digital cruza as informações das unidades que precisam de voluntários com os dados de quem deseja ser um deles. O cadastro pode ser feito pelos próprios voluntários, assim como seu controle de frequência.


Foto: Arquivo Pessoal

"O uso da plataforma foi tranquilo. O cadastramento é autodidático e achei muito fácil encontrar as informações que eu precisava para me voluntariar. Não tem como mensurar um valor que pague um curso que dê toda essa bagagem que eu tive vivendo como voluntário em Trombetas. Se eu fosse resumir em palavras como foi, eu diria singular, única, maravilhosa. Para a minha vida pessoal, foi um crescimento enorme. Para minha vida profissional, um divisor de águas e, um dia, eu espero poder vivenciar isso na minha carreira também."
Lucas Soares, estudante de Engenharia Ambiental, de Ipatinga (MG), foi voluntário no Projeto Quelônios do rio Trombetas (PA), na Reserva Biológica (Rebio) do Rio Trombetas.

Leia mais sobre a experiência de Lucas aqui .

10 mil pessoas se cadastraram no Programa de Voluntariado do ICMBio, entre julho de 2018 e fevereiro de 2019. Seja um voluntário também!

Por que as pessoas querem ser voluntárias?

O que move as pessoas a se tornarem voluntárias em uma UC? Para descobrir a resposta, realizamos uma pesquisa com 38 gestores do ICMBio de 17 estados, representantes de 41 unidades organizacionais. O levantamento apontou que 66% dos gestores acreditam que os voluntários têm o desejo de contribuir para a conservação da natureza.

Outras motivações citadas pelos gestores:

49% - oportunidade de obter experiência profissional
40% - interesse em aprender algo novo
37% - conhecer melhor as atividades do ICMBio e da unidade
34% - oportunidade de enriquecimento pessoal
29% - desejo de contribuir com a unidade onde realizou atividades


O trabalho dos voluntários virou um calendário!

Reprodução ICMBio

As imagens usadas foram feitas pelos ganhadores do 2° Concurso de Fotografia do Programa de Voluntariado lançado no ano passado, através de um edital. Faça o download aqui .

Revista Boas Práticas traz exemplos de gestão de UCs

A terceira edição da revista Boas Práticas de Gestão nas Unidades de Conservação trouxe 76 práticas utilizadas nas UCs federais que tiveram sucesso na superação de desafios diários como incêndios, caça ilegal, demarcação de territórios, comunicação e participação da comunidade.

A publicação, uma parceria do IPÊ com o ICMBio e o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), é o principal resultado do III Seminário de Boas Práticas de Gestão de UCs, realizado em 2017, que discutiu o papel das parcerias intersetoriais no desenvolvimento das UCs. A revista contou ainda com a parceria de USAID, Forest Service Department of Agriculture, GIZ, BID, Fundo Socioambiental Caixa e Ministério do Meio Ambiente. Saiba mais aqui .

PESQUISA & DESENVOLVIMENTO

#IPEPESQUISA #IPEREFLORESTA #IPECORREDOR

Em 2015, iniciamos a análise do capital natural do Corredor Ecológico da Fazenda Rosanela, na Mata Atlântica do Pontal do Paranapanema (estado de São Paulo).

É o maior corredor reflorestado do Brasil, e para implantá-lo contamos com inúmeros parceiros, inclusive da iniciativa privada, como a CTG Brasil.

A empresa também apoiou o desenvolvimento de uma metodologia para valoração dos serviços ecossistêmicos das áreas restauradas. Os resultados finais desse processo foram conhecidos em 2018.

Foto: Arquivo IPÊ - Luis Palácios

O maior corredor reflorestado do Brasil

+ 2,7
milhões


DE ÁRVORES PLANTADAS

20 KM
DE EXTENSÃO

Conecta as principais Unidades de Conservação da Mata Atlântica de interior: o Parque Estadual Morro do Diabo e a Estação Ecológica Mico-Leão-Preto

Finalizamos a análise do capital natural do corredor
ecológico

Foto: Arquivo IPÊ - Luis Palácios

Formada por técnicos e especialistas do IPÊ, além de acadêmicos da ESCAS, da UNESP e da ESALQ - USP,  a equipe do projeto usou métodos avançados, como sobrevoos com LiDAR (Light Detection and Ranging), gravadores remotos (audiorecorders) e sistema ARBIMON (Automated Remote Biodiversity Monitoring Network), análise de DNA e câmeras trap,  para avaliar os seguintes serviços ecossistêmicos: recursos hídricos, paisagens sonoras e biodiversidade, solo e ecologia de ecossistemas, carbono florestal e florística.

Desse levantamento, descobriu-se, por exemplo, que 17 espécies de árvores que não foram plantadas no corredor estão presentes ali, o que mostra que elas foram introduzidas de forma natural. Mamíferos de médio e grande porte já estão utilizando a área do corredor para dispersão.

A mensuração do impacto das ações ambientais traz outros desafios para as empresas: colocar um valor econômico para os ativos ambientais produzidos com ações conservacionistas, o capital natural, e como traduzir isso para o ambiente do negócio. O conteúdo dessa pesquisa vai se transformar em uma publicação de referência para mais empresas do setor elétrico.

Nosso projeto foi case de gestão

Foto: Arquivo IPÊ - Luis Palácios

O projeto "Desenvolvimento de Tecnologias para Valoração de Serviços Ecossistêmicos e do Capital Natural em Programas de Meio Ambiente" foi um dos 16 cases selecionados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e Revista Página 22 (P22) para participar da edição especial da revista sobre Gestão Empresarial de Capital Natural. Veja a publicação aqui.